Brasis

Share this post

O bloqueio de verbas do MEC e os desafios da Defesa

brasis.ajor.org.br

O bloqueio de verbas do MEC e os desafios da Defesa

Uma curadoria do melhor do jornalismo digital, produzido pelas associadas à Ajor. Novos ângulos para assuntos do dia

Brasis
Nov 30, 2022
4
Share this post

O bloqueio de verbas do MEC e os desafios da Defesa

brasis.ajor.org.br

🔸 O PT engrossou a lista de apoios à reeleição de Arthur Lira (PP-AL) para a presidência da Câmara. Já são 14 as siglas que endossam a recondução do deputado, do PDT ao Republicanos. No Partido dos Trabalhadores, a decisão foi tomada em nome da governabilidade, informa a CartaCapital. “Temos uma agenda de país, de reconstrução do Brasil. Entendemos fundamental a estabilidade institucional. Compreendemos que é possível construir um bloco de governo”, afirmou Reginaldo Lopes, líder do PT na Câmara. 

🔸 Falando em apoios… O PP, partido que esteve na base da campanha derrotada de Jair Bolsonaro, pretende passar um ano “em cima do muro”, ou seja, neutro, nem oposição nem governo. O Meio teve acesso a uma conversa em que Ricardo Barros (PP-PR) externou ao interlocutor sua indisposição em investir no embate com o futuro governo. 

🔸 O governo bloqueou R$ 1,6 bilhão do Ministério da Educação (MEC) – na surdina, durante o jogo do Brasil contra a Suíça na Copa do Mundo do Catar, na segunda-feira. O Metrópoles explica que, com o bloqueio, o MEC travou os orçamentos das instituições de ensino. “Foram retirados durante o jogo do Brasil. Estávamos fazendo remanejamentos para poder pagar a empresa de manutenção dos nossos edifícios. Agora, ficamos sem esses recursos”, afirma Márcia Abrahão, reitora da Universidade de Brasília (UnB), que perdeu R$ 2 milhões.

🔸 Nome mais cotado para assumir o Ministério da Defesa, José Múcio teria dito que, se convidado oficialmente para o cargo, vai aceitar. O ex-presidente do Tribunal de Contas da União (TCU) e ex-ministro de Relações Institucionais também não enfrenta resistência no núcleo militar. O Congresso em Foco conta que, em reunião com Lula na segunda-feira, ele explicou ao presidente eleito que a “transição mais rápida” seria indicar logo os nomes dos comandantes das Forças Armadas. Na cultura militar, segundo ele, as especulações e sondagens não funcionam bem.

🔸 A propósito: o futuro Ministério da Defesa terá que lidar com a insubordinação dos militares e implementar um processo de despolitização das Forças Armadas. Lula deve anunciar, na semana que vem, os nomes do ministro e dos chefes da Marinha, Exército e Aeronáutica. O Nexo conversa com três pesquisadores na área de Defesa sobre os percalços no horizonte do futuro governo.

📮 Outras histórias

  • O bloqueio de verbas feito pelo MEC na segunda-feira resultou em corte de R$ 3,8 milhões na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) – somado ao de junho, o impacto total é de R$ R$ 15,8 milhões a menos. A Saiba Mais informa ainda que a medida do governo também implica em corte de R$ 10,9 milhões no Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN). Como consequência, as instituições ficam sem dinheiro até para pagamento de bolsas e insumos para laboratórios.

  • Entre o sonho e a realidade, jovens gamers das periferias relatam as dificuldades de se tornar profissionais: videogames antigos que não rodam os jogos do momento, conexão ruim de internet, conta de luz cara e jogo pirata de baixa qualidade. Diante desse cenário de exclusão social e digital, a ONG Gerando Falcões e a Final Level, plataforma de entretenimento gamer, e o YouTube vão lançar o Youtube Favela Gaming em 2023 para potencializar suas carreiras que desejam se profissionalizar. O Desenrola e Não Me Enrola ouve as principais adversidades apontadas por gamers periféricos.

📌 Investigação

  • Gigantes do mercado do agronegócio mundial assinaram na conferência do clima um compromisso de eliminar totalmente o desmatamento provocado por elas até 2025. A aplicação da promessa não deve ser fácil – afinal, como revela a Repórter Brasil, tais empresas falham repetidamente em monitorar seus fornecedores e seguem comprando soja de áreas desmatadas ilegalmente no Cerrado, na Amazônia e no Chaco. Além das fraudes documentais em que fazendeiros mascaram a real origem da matéria-prima, empresários do agronegócio conseguem driblar mecanismos e legislações ambientais para produzir grãos e fazer negócios com essas empresas. Embora possuam ferramentas de rastreabilidade da cadeia produtiva, as multinacionais não apresentam soluções para evitar essas práticas.

🍂 Meio ambiente

  • O Pantanal é um dos principais abrigos para o papagaio-verdadeiro na América do Sul. É lá, no entanto, que sua população está ameaçada por mudanças no bioma produzidas pelo homem. A renovação de bandos da ave diminuiu 30% onde florestas e savanas foram removidas para a produção de grãos, como o arroz, ou substituídas por pastos para criação de gado. O Eco percorre os resultados do mais longo estudo feito onde a espécie naturalmente vive, em partes do Brasil, Argentina, Bolívia e Paraguai. A reportagem explica que, com menos árvores, o papagaio perde locais para fazer ninhos ou se abrigar do mau tempo e de predadores, como tucanos, corujas e gaviões.

  • Um plástico que vai para o lixo orgânico. Em Curitiba, uma empresa produz embalagens a partir de resinas. Os produtos podem ser descartados junto com o lixo orgânico e se decompõem em até dois anos, ou uma fração dos séculos do plástico tradicional, feito a partir de derivados do petróleo. O Reset conta a trajetória da Earth Renewable Technologies (ERT), primeira empresa na América Latina a produzir resinas para plásticos biodegradáveis em escala industrial. 

📙 Cultura

  • Em 15 dias, o Brasil perdeu dois gênios da música popular brasileira, revelados nos anos 1960 – Gal Costa (1945-2022) e Erasmo Carlos (1941-2022). O Farofafá passeia por canções clássicas que tiveram o toque dos cantores, seja em suas próprias vozes ou nas vozes de outros gênios a partir de suas composições, como “Menina Gata Augusta” – interpretada por Jorge Ben, composta por Erasmo e Jorge – e “Vapor Barato” – interpretada por Gal. 

  • “Parafraseando Mano Brown: cada favelado é um Universo em crise. E em nossos universos, a fome fala. Como seres humanos que pensam, sentem, andam, têm suas necessidades físicas e espirituais e muitas outras coisas, a fome que nos bate não precisa ser literal. Podemos sentir fome de um bom rango, mas também de afeto, de presença, de liberdade”, afirma Nayê Ribeiro, comunicador e membro do coletivo Rango de Classe, que acaba de lançar a série em áudio “Fome Fala”. A produção é ambientada em uma favela fictícia e aborda esse múltiplo significado de fome, como mostra a revista O Grito. 

🎧 Podcast

  • Operação da Polícia do Rio Grande do Sul coloca a relação entre caça de animais e comércio de armas no centro do debate novamente. O episódio “Quadrilhas fornecem armas para caçadores”, do podcast “Silvestres”, produção do Fauna News, explica como organizações criminosas têm fornecido armamentos e munições por meio de grupos fechados de WhatsApp e Telegram para a caça ilegal de animais silvestres.

✊🏽 Direitos Humanos

  • Como desarmar o Brasil? Já é um consenso dentro do governo de transição que Lula terá de revogar ao menos 41 portarias, decretos e resoluções de Bolsonaro que ampliaram o acesso de civis a armas e munições. O desafio, porém, não se reduz ao “revogaço”. A revista piauí destaca que será preciso tirar de circulação as centenas de milhares de pistolas e fuzis adquiridas por cidadãos nesse período. Uma das estratégias pensadas pela equipe de transição seria criar um programa de recompensa ou indenização aos que entregarem seus arsenais de forma voluntária.

Obrigada por ler a Brasis. Gostou do conteúdo? Assine e compartilhe.

Share this post

O bloqueio de verbas do MEC e os desafios da Defesa

brasis.ajor.org.br
Comments
TopNewCommunity

No posts

Ready for more?

© 2023 Brasis
Privacy ∙ Terms ∙ Collection notice
Start WritingGet the app
Substack is the home for great writing